Mais arroba por hectare sem a necessidade de abrir novas áreas, além de aproximadamente 20% de retorno do recurso aplicado. Segundo especialistas, o investimento em correção do solo e adubação é considerado uma das ferramentas mais eficientes para recuperar áreas de pastagem.
Estes são alguns dos resultados obtidos pelo programa Pasto Forte desenvolvido em três propriedades rurais em Mato Grosso. O projeto é realizado pela Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) em parceria com a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e patrocínio do Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac).
São dois anos de projeto e os primeiros resultados foram apresentados durante o 1º Encontro Técnico Pecuária de Corte, promovido pela Fundação MT em Rondonópolis, no dia 17 de setembro.
Segundo o zootecnista Thiago Trento, pesquisador de Pecuária de Corte da Fundação MT, o projeto está sendo conduzido nos municípios de Rondonópolis, Cáceres e Paranatinga (distrito de Santiago do Norte). As três localidades envolvem os biomas Amazônico, Cerrado e Pantanal.
“Durante esses dois anos observamos que é possível sim aumentar a produtividade animal e também aumentar a produtividade por área de forma economicamente viável para o produtor”, diz Trento.
As três propriedades participantes somam cerca de 972,7 mil hectares. Pelo projeto aproximadamente 4,3 mil animais já passaram. “Algumas áreas tinham uma baixa produtividade de forrageira e entramos com adubação estratégica de acordo com a análise do solo. Recuperamos essa área degradada para que ali pudéssemos aumentar a produtividade animal e manejar esse capim da melhor forma possível”, explica o pesquisador.