De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado pelo Governo Federal, a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas deve atingir o recorde de 271,9 milhões de toneladas em 2022. Esses números só reforçam o poderio do agronegócio nacional e a relevância do Brasil para o setor de alimentos mundial. Mas também chamam a atenção para um fator muito conhecido pelos produtores: a importância do preparo do solo para o plantio.
“Independentemente do tamanho de sua propriedade, todo agricultor sabe que a preparação correta da terra é capaz de garantir não apenas o sucesso da colheita, mas também a preservação das riquezas naturais que existem no solo”, pontua Rodrigo Deneka da Branco Motores, marca referência nacional no desenvolvimento de soluções para o agronegócio, a construção civil e o setor de floresta e jardim. “A preparação periódica do solo também é uma forma de mantê-lo sadio para as próximas plantações, possibilitando o plantio de qualquer cultura”, acrescenta.
O especialista explica que, entre outros importantes fatores, cuidar da terra exige uma atenção especial aos equipamentos utilizados, que precisam tornar esse processo mais eficiente. Além dessa, o Rodrigo da Branco Motores preparou outras dicas para quem pretende plantar e colher. Confira:
Como fazer o preparo do solo para o plantio?
Seja na agricultura familiar, na moderna, na intensiva ou extensiva, para o preparo do solo é preciso considerar as características da terra e o tipo de plantio que será realizado. Feito isso, o processo de preparação pode ocorrer de duas formas:
1 – Preparo primário
O preparo primário tem como objetivo reverter os danos que são causados pela circulação de máquinas e pelas chuvas, visando deixar o solo menos compacto, e envolve as seguintes práticas:
Aração – como o próprio nome sugere, a aração é o método de arar ou revirar as camadas da terra levando para baixo os conteúdos que estavam em cima, e vice-versa. Esse processo é vital para aumentar o nível de oxigenação de toda a matéria orgânica presente no solo e é especialmente usado em regiões de clima temperado. Caso a sua região seja coberta por clima tropical, essa técnica pode ser prejudicial para a área que será plantada.
Além de ajudar na descompactação da terra, a aração ajuda no controle das ervas daninhas e na obtenção de um leito de semeadura, entre outros benefícios. Nesse caso e em outros, os Tratoritos a Diesel (Motocultivadores BTTD 10.0 E-1500 e BTTD 5.0 – 800), da Branco Motores, são equipamentos supereficientes na descompactação e na preparação da terra;
Escarificação – a escarificação também é um processo que pode ser realizado para revirar a terra, podendo ser uma alternativa para substituir a aração. Ela é realizada com um equipamento próprio, o escarificador mecânico, por isso é menos agressiva. Entre os principais benefícios da escarificação estão a possibilidade de maior cobertura do solo com resíduos de outras culturas; a menor necessidade de tempo para a realização do preparo do solo; a preservação da estrutura da superfície; e o menor uso de combustível. A técnica porém, não é eficiente no combate às ervas daninhas;
Subsolagem – A subsolagem é uma técnica indicada para o preparo de solo que apresenta maior compactação e alta resistência à penetração da água da chuva. Nessa técnica, são usados subsoladores, equipamentos que possuem hastes maiores e mais longas do que os escarificadores mecânicos. No entanto, eles demandam maior consumo de energia. De forma geral, a subsolagem faz com que a terra fique bem irregular, por isso, geralmente, é preciso outra técnica para finalizar o processo de preparo do solo para então iniciar o plantio.
2 – Preparo secundário
O preparo secundário tem por objetivo fazer a finalização, ou seja, nivelar a terra e preparar o leito da semeadura. Por isso, deve ser realizado o mais próximo possível da época do plantio. Então, é utilizada a técnica conhecida como gradagem, que consiste na finalização da aração e da subsolagem, deixando o solo mais plano e uniforme para receber a cultura. A gradagem pode ser realizada com grades de discos ou dentes, ou ainda serem utilizadas enxadas rotativas.
Existem dois detalhes que devem ser observados em relação ao preparo secundário: os agricultores que utilizam o método de plantio direto não realizam a gradagem; e é preciso muito cuidado para que essa etapa não acabe interferindo nos processos de preparo realizados anteriormente, devido à presença de maquinários na área.